Quando
procuramos saber a história de Salitre, percebemos imediatamente o quanto que a
cidade evoluiu. Muitos atores sociais fizeram parte desse progresso,
tornando-se responsáveis por ele. E parte dessa evolução se deve à educação, ao
papel dos professores e das professoras nas escolas do município, na sede e na
zona rural.
Nós,
salitrenses, uma vez já estivemos privados de liberdade. Já houve quem dissesse
e afirmasse a nossa menoridade. Parecíamos, a essas pessoas, uma população sem
chances de crescer, de mudar para melhor. Mas a partir do momento que
descobrimos que a educação podia nos ajudar a realizar nossas aspirações,
nossos sonhos de uma vida melhor, começamos a crescer, a aparecer, a honrar o
nome da nossa amada cidade – Salitre.
Nós, salitrenses, lutamos muito para estar na história, e
pela educação decidimos ser alguma coisa.
A educação,
através das escolas, é capaz de transformar a vida das pessoas; transformar
para melhor. É ela quem traz as promessas de um futuro digno, de qualidade de
vida e de garantia das mesmas oportunidades a todo um conjunto de pessoas.
Nossos
ilustres representantes se formaram em nossas escolas. Os estudantes brilhantes
sentam em suas cadeiras e aprendem o conhecimento que transforma sua
mentalidade. Nossos profissionais passaram também por essas escolas. Nossos
poetas, nossos pintores, nossos cantores, nossos artistas de modo geral
aprenderam a soletrar as primeiras sílabas nas escolas Antonio Leite de
Alencar, Francisco Viturino de Luna, Francisco de Assis Leite e nas demais
escolas.
Ao perceber que podíamos fazer a educação do nosso jeito,
demos um passo muito grande em nossas próprias vidas.
A educação
dessa cidade fez muito por nós, mas é preciso aceitar que estamos “no fim do começo
e não no começo do fim”, como disse Mario Sergio Cortela. Isso quer dizer que
há mais por fazer, há muito. O que temos para hoje é a certeza de que o caminho
é esse – investir na educação das pessoas, na sua escolarização.
Somos um
povo que cresceu com dificuldade, e isso nos dá maior orgulho. Com dificuldades
também haveremos de crescer ainda mais.
Nesse projeto de melhorar sempre mais a
nossa condição, buscaremos na educação o maior auxílio. A educação será o nosso
escudo, a nossa arma, o remédio para muitas de nossas mazelas. Porque um povo,
se almeja vencer, o fará olhando primeiro para as escolas. Lá está o futuro, lá
está a esperança de dignidade. Nós temos essa compreensão, assim, já andamos
meio caminho.
11 de junho
de 2015.
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