29 de junho de 2015

O fim do começo


Quando procuramos saber a história de Salitre, percebemos imediatamente o quanto que a cidade evoluiu. Muitos atores sociais fizeram parte desse progresso, tornando-se responsáveis por ele. E parte dessa evolução se deve à educação, ao papel dos professores e das professoras nas escolas do município, na sede e na zona rural.
Nós, salitrenses, uma vez já estivemos privados de liberdade. Já houve quem dissesse e afirmasse a nossa menoridade. Parecíamos, a essas pessoas, uma população sem chances de crescer, de mudar para melhor. Mas a partir do momento que descobrimos que a educação podia nos ajudar a realizar nossas aspirações, nossos sonhos de uma vida melhor, começamos a crescer, a aparecer, a honrar o nome da nossa amada cidade – Salitre.
Nós, salitrenses, lutamos muito para estar na história, e pela educação decidimos ser alguma coisa.
A educação, através das escolas, é capaz de transformar a vida das pessoas; transformar para melhor. É ela quem traz as promessas de um futuro digno, de qualidade de vida e de garantia das mesmas oportunidades a todo um conjunto de pessoas.
Nossos ilustres representantes se formaram em nossas escolas. Os estudantes brilhantes sentam em suas cadeiras e aprendem o conhecimento que transforma sua mentalidade. Nossos profissionais passaram também por essas escolas. Nossos poetas, nossos pintores, nossos cantores, nossos artistas de modo geral aprenderam a soletrar as primeiras sílabas nas escolas Antonio Leite de Alencar, Francisco Viturino de Luna, Francisco de Assis Leite e nas demais escolas.
Ao perceber que podíamos fazer a educação do nosso jeito, demos um passo muito grande em nossas próprias vidas.
A educação dessa cidade fez muito por nós, mas é preciso aceitar que estamos “no fim do começo e não no começo do fim”, como disse Mario Sergio Cortela. Isso quer dizer que há mais por fazer, há muito. O que temos para hoje é a certeza de que o caminho é esse – investir na educação das pessoas, na sua escolarização.
Somos um povo que cresceu com dificuldade, e isso nos dá maior orgulho. Com dificuldades também haveremos de crescer ainda mais. 
Nesse projeto de melhorar sempre mais a nossa condição, buscaremos na educação o maior auxílio. A educação será o nosso escudo, a nossa arma, o remédio para muitas de nossas mazelas. Porque um povo, se almeja vencer, o fará olhando primeiro para as escolas. Lá está o futuro, lá está a esperança de dignidade. Nós temos essa compreensão, assim, já andamos meio caminho.


11 de junho de 2015.