Já nasci nas tuas acolhedoras terras
por isso carrego na alma as tuas cores.
Te dou hoje o que melhor dão as primaveras,
porque por ti só sei morrer de amores.
Por ti, minha cidadezinha amada e querida,
há no céu os bonitos pássaros cantores
a cantarem os parabéns por mais vida
enquanto o vento da manhã te joga flores.
Salitre, terra que enfeita toda a Chapada
com sua vastidão, a natureza de amor se inflama
em perfeita e extensa arquibancada.
Dos céus um mar de alegria se derrama
e está em festa, ó cidade bravia e amada,
pois hoje canta e ri todo aquele que te ama.
30 de junho de 2019
13 de junho de 2019
O TEMPO DA VIDA
O tempo da vida
é tão pouco para
nos perdemos no
mar das coisas fúteis.
É tão pouco para
nos enveredarmos
no caminho das
coisas inúteis.
O tempo da vida
é tão pouco para
querermos mal
aos outros, para
não sermos irmãos,
para não darmos a mão.
É tão pouco esse tempo
que gastamos e que,
às vezes, tornamos
ainda mais gasto.
De caprichos
a vida se esgota.
O tempo da vida
é tão pouco para
não olharmos,
ao menos de relance,
quem por nós passa.
E, de tão pouco,
esse tempo escorre
feito fumaça.
O tempo da vida
é pouco, pouco para
não amarmos, e esse
tempo em que não se
ama degela, deságua.
É tempo que se acaba
em vazio, em solidão,
em mágoa.
O tempo da vida
é tão pouco para
envenenarmos o
coração de raiva,
de preconceito,
de racismo.
Assim, o tempo
é pouco, é abismo.
O tempo da vida
é tão pouco para
ignorarmos Deus,
para não sairmos de
nós mesmos e
sermos a medida
de tudo.
O tempo da vida
é tão pouco porque
nós o fazemos
sempre escasso,
e talvez quando
formos nos dar
conta do que
realmente importa,
não haverá mais tempo
de sermos vastos.
Mas nós podemos
segurar um pouco os
ponteiros do tempo,
que anda em
ligeira marcha.
O tempo da vida,
que é pouco, e
inutilmente se gasta.
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